INFORMAÇÃO SUMÁRIA

Padroeiro: S. Pedro.

Habitantes: 689 habitantes (I.N.E.2011) e 795 eleitores em 05-06-2011.

Sectores laborais: Agricultura e pecuária, construção civil, serralharia, indústria têxtil e pequeno comércio.

Tradições festivas: Senhor do Calvário (1º Domingo de Agosto) e Festa do Senhor.

Património cultural e edificado: Quintas solarengas de Pousada e de Mereces, monte de S. Veríssimo, Hipódromo de Calvelo, lugar de Balinhas, Tapada com capela antiga de S. Veríssimo, igreja paroquial, capelas do Senhor da Cruzinha e do Calvário.

Colectividades: Associação Cultural e Desportiva de Calvelo, Grupo Cultural e Recreativo Estrelas do Calvário e Grupo Regional de S. Pedro.

ASPECTOS GEOGRÁFICOS

Situada num vale, na raiz do monte de S. Veríssimo, sensivelmente a sul do concelho, Calvelo dista cerca de 16 quilómetros da vila de Ponte de Lima. Abrange uma área de 485 hectares e tem uma população que se aproxima, em finais de 1999, das 850 pessoas. Tem por freguesias vizinhas Vilar das Almas e Mato a sul; Friastelas, e Cabaços a poente; e, ainda, Cabaços e Anais a norte. Todas estas freguesias citadas são igualmente do município Limiano. A nascente a divisa é com Arcozelo do concelho de Vila Verde.

RESENHA HISTÓRICA

A igreja paroquial é muito antiga, e foi pequeno convento de frades beneditinos. A Casa de Mereces foi solar dos Regos, que procedem de Mem de Gondar, fidalgo asturiano que veio para Portugal em 1093, com o conde D. Henrique. No alto do monte está a antiquíssima Capela de S. Veríssimo e suas irmãs, Santa Máxima e Santa Júlia, naturais de Lisboa, onde foram martirizadas, pelos anos de 360, imperando Diocleciano e sendo cônsul das Espanhas o sanguinário Daciano. A rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, deu a esta capela vários casais. A Quinta de Pousada merece especial referência nesta freguesia. A freguesia desenvolveu-se à sombra dum pequeno convento beneditino que no séc. XV passou a abadia secular.

No Livro Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, pode-se ler na integra a seguinte transcrição:

«A igreja de São Pedro de Calvelo é mencio­nada em vários documentos desde 1118 e 1164. Entre 1118 e 1128, é mencionada em doações, que fizeram D. Paio Mendes e sua irmã D. Elvira Nunes, da parte que lhes pertencia no mosteiro beneditino de São Pedro de Calvelo, a D. Paio Mendes.

Há notícia de outras doações, feitas em 1126 e 1164, da mesma igreja registadas no Liber Fidei que se encontra arquivado no Arquivo Distrital de Braga.

As Inquirições de D. Afonso II, de 1220, aparece-nos de São Pedro de Calvelo, situando-a na Terra de Penela.

As Inquirições de D. Dinis, em 1290, referem a freguesia de São Pedro de Calvelo, integrando a Terra de Penela.

No catálogo das igrejas, organizado no reinado de D. Dinis, em 1320, para a determinação das taxas a pagar, São Pedro de Calvelo aparece com 300 libras, uma das mais altas de Penela.

No registro da cobrança das “colheitas” dos benefícios do arcebispado de Braga, na parte respeitante às igrejas de Penela, feita entre 1 189 e 1493. São Pedro de Calvelo rendia em dinheiro com morturas 2280 réis e, de dízimas de searas 430 réis.

No final do séc. XV, o mosteiro veio a ser extinto, passando a abadia secular e Comenda da Ordem de Cristo. Era sua anexa FriasteIas.

Pelo “Livro de Benefícios e Comendas”, de 1528 de que existe uma cópia do século XVIII na Biblioteca Nacional de Lisboa, rendia 60.000 réis.

Américo Costa descreve-a como abadia do padroado real e mais tarde reitoria da apresentação da Mitra e comenda da ordem de Cristo, de que era comendador o conde de Vila Flor».

( Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias Autarcas do Século XXI, Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais).

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